terça-feira, 24 de setembro de 2013

50 Dicas Para Escrever Melhor - Dica Nº6

Dica nº6: Evite que o perfeccionismo afecte a sua produtividade.

Primeiro, ninguém é perfeito.


Segundo, de certeza que existe imensos posts por ai acerca deste tema, mas de momento o único que me vem à mente é o de Veronica Roth, em que ela aconselha a cantarmos o mais alto e horrível possível.

Passo a explicar:

Ela caracteriza-se como sendo perfeccionista e por isso nas aulas de voz tinha, muitas vezes, dificuldade em descontrair. O professor dela aconselhou que ela tentasse cantar a escala o mais alto e mais horrível possível. Para se deixar ir completamente sem se preocupar como soava.

O mesmo aplica-se na escrita.

Deixa que os teus primeiros rascunhos sejam o mais – e agora vou utilizar a tradução literal da palavra – “merdosos” possíveis.

Ela chega a incluir o excerto do capítulo ”Shitty First Drafts” (Primeiros rascunhos merdosos) do livro “Bird by Bird” de Anne Lammott.

“Perfeccionismo é a voz do opressor, o inimigo do povo. Irá manter-te apertado e enlouquecido a vida inteira, e é o principal obstáculo entre ti e o teu primeiro (don’t make me say it again) rascunho. Eu acho que perfecionismo é baseado na crença obssessiva que és capazes de ultrapassar com cuidado todos os percalços da forma correcta, para que não tenhas de morrer. A verdade é que vais morrer na mesma e muita gente que não está sequer a olhar para os pés vai conseguir fazer muito melhor trabalho que tu, e divertir-se muito mais enquanto o fazem.”

Primeiro, o teu rascunho irá sempre, sempre, sempre precisar de ser revisto e possivelmente reescrito. Não pode ser evitado.

Segundo, o perfeccionismo prejudica o esforço criativo, não apenas porque impede o progresso, mas porque também restringe a criatividade.

Ou seja, o perfeccionismo faz com que a tua arte preste ainda menos. E se tivesses feito o primeiro rascunho sem tentar ser tão proteccionista talvez ele tivesse saído melhor. Este última frase é dirigida pessoalmente a mim.

Quantos mais soltos e selvagens os rascunhos forem, melhor eles são.

Tenta ver esse exercício, não como aceitar o erro, mas como abraçar a liberdade.

Parte disto é tentar encontrar uma forma de te perder no teu trabalho. Submergir-te nele e deixá-lo ser desorganizado, feio e doido.

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